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Pesquisa mostra que obesidade cresceu 60% em dez anos no Brasil
02/06/2017
Entre fevereiro e dezembro de 2016 foram entrevistados, por telefone, 53.210 pessoas com mais de 18 anos nas 26 capitais do país e Distrito Federal. São dez anos de pesquisa. O Vigitel foi implantado desde 2006 e tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico, além de descrever a evolução anual desses indicadores em nosso meio. As entrevistas são realizadas anualmente em amostras da população adulta (18 anos ou mais). Os indicadores avaliados estão dispostos nos seguintes assuntos: tabagismo, excesso de peso e obesidade, consumo alimentar, atividade física, consumo de bebidas alcoólicas, condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas, autoavaliação do estado de saúde, prevenção de câncer e morbidade referida.
Segundo o Ministério da Saúde, os hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão. Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência de doenças, melhorando a saúde do brasileiro.
O excesso de peso e a obesidade crescem descontroladamente em todo o mundo. O grande consumo de alimentos industrializados, de alta densidade energética, a “gourmetização” da comida cada vez elaborando mais preparações cremosas e fritas no dia a dia das pessoas, a redução do movimento nas atividades diárias, sedentarismo e alto grau de estresse vêm colaborando para o aumento de peso e das doenças crônicas degenerativas (hipertensão arterial, diabetes...)
Resultados da pesquisa Vigitel
- Excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016
- Mais prevalente em homens 57,7% do que em mulheres 50,5%
- O indicador aumenta com a idade e é maior entre os com menor escolaridade
- Obesidade cresceu 60% em dez anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016
- A prevalência é semelhante entre os sexos homens 19,6% e mulheres 18,1%, duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os que têm menor escolaridade.
Hábitos mais saudáveis
- Aumento do consumo regular de frutas e hortaliças
- Em 2008 era 33,0% e em 2016 foram 35,2%. Mas ainda é muito abaixo do recomendado
- Em 2016, apenas um entre três adultos consumiram frutas e hortaliças em cinco dias da semana
- Mulheres consumiram cerca de 40,7% e homens 28,8%
- Redução no consumo de refrigerantes e sucos artificiais As bebidas açucaradas têm importante papel no ganho de peso e aparecimento de cáries da população. Devem ser evitadas.
- Observou-se redução no consumo regular de refrigerantes ou sucos artificiais: em 2007 o indicador era de 30,9% e em 2016 foi 16,5%.
Fonte: Globo Esporte