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Marchinhas de Carnaval!

Marchinhas de Carnaval!

06/02/2018

Letras das marchinhas de carnaval mais famosas do Brasil:

 

ALLAH-LÁ-Ô (Haroldo Lobo-Nássara, 1940)

 

Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô

Mas que calor, ô ô ô ô ô ô

Atravessamos o deserto do Saara

O sol estava quente

Queimou a nossa cara

 

Viemos do Egito

E muitas vezes

Nós tivemos que rezar

Allah! allah! allah, meu bom allah!

Mande água pra ioiô

Mande água pra iaiá

Allah! meu bom allah

 

 

AURORA (Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)

 

Se você fosse sincera

Ô ô ô ô Aurora

Veja só que bom que era

Ô ô ô ô Aurora

 

Um lindo apartamento

Com porteiro e elevador

E ar refrigerado

Para os dias de calor

Madame antes do nome

Você teria agora

Ô ô ô ô Aurora

 

 

ABRE ALAS (Chiquinha Gonzaga, 1899)

 

Ó abre alas que eu quero passar

Ó abre alas que eu quero passar

Eu sou da lira não posso negar

Eu sou da lira não posso negar

 

Ó abre alas que eu quero passar

Ó abre alas que eu quero passar

Rosa de ouro é que vai ganhar

Rosa de ouro é que vai ganhar

 

 

Ô BALANCÊ (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)

 

Ô balancê balancê

Quero dançar com você

Entra na roda morena pra ver

Ô balancê balancê

 

Quando por mim você passa

Fingindo que não me vê

Meu coração quase se despedaça

No balancê balancê

 

Você foi minha cartilha

Você foi meu ABC

E por isso eu sou a maior maravilha

No balancê balancê

 

Eu levo a vida pensando

Pensando só em você

E o tempo passa e eu vou me acabando

No balancê balancê

 

 

MAMÃE EU QUERO (Jararaca-Vicente Paiva, 1936)

 

Mamãe eu quero, mamãe eu quero

Mamãe eu quero mamar

Dá a chupeta, dá a chupeta

Dá a chupeta pro bebe não chorar

 

Dorme filhinho do meu coração

Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão

Eu tenho uma irmã que se chama Ana

De piscar o olho já ficou sem a pestana

 

Olho as pequenas mas daquele jeito

Tenho muita pena não ser criança de peito

Eu tenho uma irmã que é fenomenal

Ela é da bossa e o marido é um boçal

 

 

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ (Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)

 

Ei, você aí!

Me dá um dinheiro aí!

Me dá um dinheiro aí!

 

Não vai dar?

Não vai dar não?

Você vai ver a grande confusão

Que eu vou fazer bebendo até cair

Me dá me dá me dá, ô!

Me dá um dinheiro aí!

 

 

CACHAÇA (Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)

 

Você pensa que cachaça é água

Cachaça não é água não

Cachaça vem do alambique

E água vem do ribeirão

 

Pode me faltar tudo na vida

Arroz feijão e pão

Pode me faltar manteiga

E tudo mais não faz falta não

Pode me faltar o amor

Há, há, há, há!

Isto até acho graça

Só não quero que me falte

A danada da cachaça

 

 

CABELEIRA DO ZEZÉ (João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)

 

Olha a cabeleira do zezé

Será que ele é

Será que ele é

 

Será que ele é bossa nova

Será que ele é maomé

Parece que é transviado

Mas isso eu não sei se ele é

 

Corta o cabelo dele!

Corta o cabelo dele!

 

 

A JARDINEIRA (Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)

 

Ó jardineira porque estás tão triste

Mas o que foi que te aconteceu

Foi a camélia que caiu do galho

Deu dois suspiros e depois morreu

 

Vem jardineira vem meu amor

Não fiques triste que este mundo é todo seu

Tu és muito mais bonita

Que a camélia que morreu

 

 

LINDA MORENA (Lamartine Babo, 1932)

 

Linda morena, morena

Morena que me faz penar

A lua cheia que tanto brilha

Não brilha tanto quanto o teu olhar

 

Tu és morena uma ótima pequena

Não há branco que não perca até o juízo

Onde tu passas

Sai às vezes bofetão

Toda gente faz questão

Do teu sorriso

 

Teu coração é uma espécie de pensão

De pensão familiar à beira-mar

Oh! Moreninha, não alugues tudo não

Deixe ao menos o porão pra eu morar

 

Por tua causa já se faz revolução

Vai haver transformação na cor da lua

Antigamente a mulata era a rainha

Desta vez, ó moreninha, a taça é tua

 

 

O TEU CABELO NÃO NEGA (Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931)

 

O teu cabelo não nega mulata

Porque és mulata na cor

Mas como a cor não pega mulata

Mulata eu quero o teu amor

 

Tens um sabor bem do Brasil

Tens a alma cor de anil

Mulata mulatinha meu amor

Fui nomeado teu tenente interventor

 

Quem te inventou meu pancadão

Teve uma consagração

A lua te invejando faz careta

Porque mulata tu não és deste planeta

 

Quando meu bem vieste à terra

Portugal declarou guerra

A concorrência então foi colossal

Vasco da gama contra o batalhão naval

 

 

SACA-ROLHA (Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)

 

As águas vão rolar

Garrafa cheia eu não quero ver sobrar

Eu passo mão na saca saca saca rolha

E bebo até me afogar

Deixa as águas rolar

 

Se a polícia por isso me prender

Mas na última hora me soltar

Eu pego o saca saca saca rolha

Ninguém me agarra ninguém me agarra

 

Fonte: www.letras.com.br

 

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